Visita ao malhão (pesca foi pouca)
Sexta acompanhado do mestre pescas (mas pouco) A. Batista, partimos de Setúbal fomos ao Malhão tentar a sorte, ou a certeza, a julgar pelas palavras abonatórias ao local por todos os pescadores que lá vão fazer magnificas pescarias.
Chegada de noite à Ribeira da azenha, local de espectacular onde iríamos tentar a sorte na praia.
Chegámos ao local onde iríamos pernoitar, montar a tendinha e zarpar para a praia.
Fomos recebidos por pessoal do surf que lá pernoitava com duas cervejas, conversa e alguma comida, que se transformaram rapidamente em cervejas a mais, whisky café e conversa até ás tantas...hehehe.
De barriga (e cabeça) cheia lá partimos com as canas ás costas na esperança de arranjarmos almoço para nós e para os amigos de beja que tão bem nos receberam.
A praia tinha mudado com as tempestades que por lá se abateram desde a ultima visita do amigo Batista, e como não tínhamos visto a praia de dia, fomos ás cegas e a praia estava carregada de pedras, o que dificultou a pesca, experimentamos 2 locais diferentes mas a única coisa que conseguimos foi perder material, e aleijar os joelhos do Batista que aterrou em cima de
dois calhaus...
Ei-lo a tentar iscar o anzol à noite da praia e uma foto da praia pela manhã, para perceberem a dificuldade em pescar num mar de pedregulhos!
Voltamos à tenda e fomos dormir que o mal era sono, e tinha-mos um dia árduo pela frente.
Pela manhã foi levantar,lavar a cara numa riacho de agua doce que por lá passava,
(agua gelada, soube mesmo bem),
dizer bom dia aos amigos de Beja, que já bebiam cerveja, e zarpar para o Malhão.
Estes alentejanos são malucos...bejeca e frango logo ao acordar não é para todos!
Arrumar a trouxa e zarpar!
Chegamos ao malhão e fomos ter com amigos pescadores à praia para praticar um pouco de surfcasting, ficamos por lá a tentar a sorte, mas esta andava longe no que a peixe dizia respeito.
Belas praias e paisagens!
Decidimos ir tentar uma "chumbadinha" nas falésias, arrumamos tudo e partimos direitos ao topo das mesmas.
Chegados lá foi caminhar até ao pesqueiro, na esperança de salvarmos o dia.
Na foto, Antonio Batista de cana em punho na descida para o pesqueiro.
O mar estava muito bravo o que não agourava nada de bom, vagas de 6 metros a bater na rocha o mar cheio de areia, mas íamos tentar na mesma, claro está!
Tentamos e tentamos, mudamos de sitio, experimentamos 5 iscos diferentes, mas eles não estavam lá, não havia nada a fazer.
A. Batista e eu (Rolo) de cana na mão. (pica peixe...pica...) :)
Nem eles picavam nem nós apanhava-mos o almoço...
Ficaram os bons momentos e paisagens de grande beleza!
A força bruta do mar, a natureza em todo o seu esplendor, os amigos que fizemos, o frio que passamos, o peixe que não pescamos, e a esperança de lá voltarmos.
Brevemente espero!
Reparem na foto o pescador na ponta da pedra, e comparem-no com a força do mar.
Somos mesmo pequeninos não?
Nessa mesma tarde morreu um pescador, a poucas talvez a 100 metros de nós, uma onda colheu-o e caiu na agua.
Um peixe não vale uma vida.
Tragedia à parte, foi uma viagem divertida atribulada q.b., uma aventura a repetir, sem duvida.